Durante o desenvolvimento do comportamento codependente, costumamos entregar nossa felicidade nas mãos de muitas pessoas. Se o parceiro estivesse bem , nós estaríamos, se ele nos fizesse bem, poderíamos ser felizes, se ele nos desse atenção, nos alegraríamos. O oposto também ocorria. Se ele não correspondesse à todas as nossas expectativas ( e que não eram poucas!), estaríamos satisfeitas ( ou quase!). Até que por algum motivo, o vazio voltava a aparecer e queríamos mais, sempre mais. Se ele não pudesse nos atender, poderíamos nos deprimir, se não nos quisesse mais por perto, poderíamos, nós mesmas, nos abandonar, potencializando a dor da rejeição como uma autopunição.
Quantas coisas perdermos nesta caminhada? Quantos dias poderiam ter sido mais alegres, quantas risadas poderiam ser dadas, quantos novos amigos poderíamos ter feito, quanto tempo e quanta energia poderíamos ter dedicado a nós mesmas em busca de nossos sonhos e realizações?
Mas não. Usamos esta energia, este tempo precioso, desviando de nossa meta principal: a nossa responsabilidade, somente nossa, por nossa felicidade, alegria, saúde emocional, conquistas, vitórias. Pensávamos que a felicidade era algo não muito valioso: a colocávamos nas mãos de quem quer que seja para que pudéssemos fugir à nossa responsabilidade.
É mais fácil dizer que sou infeliz porque o outro me rejeitou, me abandonou ou não correspondeu às minhas expectativas do que assumir que não dediquei meu tempo, energia e vontade em busca daquilo que eu, somente eu, poderia conseguir por mim e para mim.
Mas, sempre é tempo de saber que podemos ( e devemos!) nos empoderar novamente, afinal, sempre tivemos este poder em nossa essência, apenas o colocamos na mão do outro.
Tomando ciência e posse , tomando para si esta responsabilidade, estaremos com o caminho aberto e iluminado para ir em busca do que queremos, e não mais esperar que o outro seja o responsável pelo nosso riso ou pelo nosso pranto. Nós tenho escolhas, e escolhemos ser felizes!
Hoje estamos cansados de ver e rever pessoas que se sentem infelizes. Gostam muito de agradar, mas não se agradam, gostam de arrumar os outros mas não se arrumam, esquecem até que tem espelhos em casa, não se enfeitam pra elas mesmas. É uma pena, pois como você fala esquecem que estão vivas, vivem pensando nos outros e só nos outros. Quando lembram que podem ser felizes (oh! grande descoberta) e o fazem muda tudo. Ainda bem.
ResponderExcluirAbraços
Tito (Divinópolis-mg)